Palmira Pedro |
Quis o Calendário
Indiano definir este ano como o “Ano da Serpente”. Iniciado em 9 de fevereiro,
tem duas semanas de festa. Estamos portanto na auge da sua comemoração. Penso
que em tudo podemos encontrar analogias. E se a serpente rasteja para viver,
também a direção deste Jornal, que orgulhosamente hoje comemora o seu
centenário, em número de edições, o tem feito, rastejando muitas vezes, mas de
cabeça erguida para alcançar a meta desejada. Dando dignidade ao Jornal, dá-a
também ao concelho, divulgando-o em todas as suas vertentes, e levando o abraço
fraterno a centenas de emigrantes que o aguardam com ansiedade para saber
notícias da sua terra. Imparcial, sem cor política, nem credo religioso, uma
porta aberta para todos, um distintivo de Penela, e do qual Penela se pode (e
deve) orgulhar. Às vezes incompreendido por mentes menos abertas, que veem
apenas que se “atrasou”, mas sem a preocupação de saberem se pagaram a
assinatura ou se o atraso não terá a ver com razões que por isso se justificam.
Mas felizmente chegamos a uma etapa única atingida na nossa imprensa regional.
Quatro anos, quarenta e oito meses, centenário! Basta fazer contas... e
encontramos a assiduidade do Jornal. Nunca Penela teve um Jornal assim - a Voz
de Penela completou o n.º 100 aos seis anos de existência.
Colaboradores de
excelência, desde Catedráticos, a Bispos, Padres, Historiadores, e Escritores,
Professores, Advogados, Políticos de todos os quadrantes, Jovens, Pessoas
simples do nosso Povo, a todos tem sido dada a oportunidade de se manifestarem
dignamente com os artigos que nos queiram e possam enviar. Rubricas de opinião,
de ficção ou outros, temas centenários também, como A Nossa Gente. Um pouco
mais recentes, todas as nossas escolas, as nossas aldeias, em que percorremos
todo o concelho dando a conhecer a seu interesse histórico, cultural,
paisagístico, económico, os acontecimentos significativos, As nossas Festas, o
Inverno Cultural, o Desporto, os Seminários, as iniciativas da nossa Câmara, os
problemas existentes, as inaugurações de novas lojas, a participação nos dias
nacionais ou internacionais da mulher, da criança, dos avós, do ambiente, as
festas infantis, o acompanhamento à Misericórdia, à Universidade Sénior, às
festas da Catequese e da Igreja, aos arraiais, a divulgação dos nossos
conjuntos musicais ou grupos corais, teatro, Filarmónicas, Bombeiros, os
inquéritos de rua, concursos de fotografia, de quadras populares, de contos de
Natal, num apelo constante à arte e criatividade dos nossos concorrentes, e com
um destaque especial para a I Gala do nosso Jornal, uma festa linda a recordar,
feita com a “prata da casa”. Distribuição de prémios ao Fado, à Música, à
Poesia, ao Teatro, etc. A homenagem a Adriano Júlio, a mim própria, a António
Arnaut, três amantes do concelho que, abnegados o têm servido e divulgado, trouxeram
à nossa terra largas centenas de amigos, muitos deles a conhecer Penela pela
primeira vez. Festas importantes que não são esquecidas, feitas com “prata da
casa”, servidas por pessoas do concelho. Imaginar para uma pequena estrutura
como a do nosso Jornal, o que representa todo este trabalho, para muitos será
mesmo difícil, mas o êxito final impõe-nos continuar.
Uma missão só
conseguida com diálogos, stress, lágrimas, algum desânimo, mas uma força
anímica que é recompensada sempre que mais um número sai e em unanimidade
dizemos… “está lindo!”. Os cêntimos são contados, corta-se um dedo para sarar
outro, mas mesmo rastejando vamos avançando. Precisamos de apoio, não temos
subsídios, vivemos das assinaturas e da publicidade. Temos muitas empresas,
algumas com êxito que talvez nos pudessem ajudar um pouco mais, mas mesmo essas
podem contar sempre connosco.
O Jornal Região do
Castelo é também o arauto e o rosto do concelho de Penela, mostrando aos nossos
emigrantes nos quatro cantos do mundo, o que nos deixa encantados. E para os
que não acreditavam foi tempo perdido, porque para as coisas se tornarem fáceis,
o difícil é começá-las. E a previsão do Ano da Serpente, está ligada a boas
esperanças, prosperidade e longevidade.
Força António José
Ferreira. Parabéns pelo seu trabalho e persistência! Parabéns a todos os que
colaboram com o nosso Região do Castelo! Parabéns a todos os Penelenses!
1 comentário:
Existe um pequeno engano: o "ano da serpente" que começou em 9-2-2013, não é do calendário indiano com mencionado no artigo, mas s86im do chinês.
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