quarta-feira, 18 de julho de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
domingo, 15 de julho de 2012
sábado, 14 de julho de 2012
Editorial
Podemos viver todos bem!
“Certificação da ignorância”. Foi assim que Pedro Passos Coelho, Nuno Crato e Miguel Relvas se referiram às Novas Oportunidades, que deram possibilidade a milhares de portugueses de concluírem estudos que, por razões várias, em muitos casos por incapacidade financeira, tinham ficado para trás; portugueses e portuguesas que alcançaram, com orgulho e emoção, etapas de formação que antes lhes foram vedadas pelas agruras da vida.
“Certificação da ignorância”. Foi assim que Pedro Passos Coelho, Nuno Crato e Miguel Relvas se referiram às Novas Oportunidades, que deram possibilidade a milhares de portugueses de concluírem estudos que, por razões várias, em muitos casos por incapacidade financeira, tinham ficado para trás; portugueses e portuguesas que alcançaram, com orgulho e emoção, etapas de formação que antes lhes foram vedadas pelas agruras da vida.
O mesmo ministro que, nas entrelinhas, chamou
ignorantes a milhares de portugueses
pôde estudar. Frequentou o curso de Direito, em 1986 – fez apenas uma “cadeira”; e o curso de História e Relações
Internacionais, no ano seguinte –
não fez uma única disciplina. Em 2006 o atual “braço direito” de Pedro Passos Coelho voltou à “escola”,
inscrevendo-se na Universidade
Lusófona de Humanidades e Tecnologias no curso de Ciência Política e Relações Internacionais. Após análise ao
currículo de Miguel Relvas, que
entretanto havia sido Secretário de Estado, a direção da Universidade permitiu-lhe concluir o curso
em apenas um ano. Isto é
certificação de quê? Da “inteligência”? Ou do facilitismo?
Há dias vimos o ministro Miguel Relvas a prestar declarações a um canal televisivo. Atrás, atento, estava Paulo Júlio, Secretário de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa. Paulo Júlio tem um percurso académico, tem um percurso profissional, tem obra feita e reconhecida como presidente da Câmara Municipal de Penela, tem um projeto. Sabemos que há uma hierarquia a ser respeitada e não duvidamos nem um pouco da lealdade com que Paulo Júlio desempenha as suas funções no Governo de Portugal. Mas não gostámos de o ver na retaguarda de um homem que, aparentemente, é mais um dos muitos oportunistas que grassam na política…
Assistimos, no Porto, ao lançamento do livro “Criminologia: um arquipélago interdisciplinar”, de autoria de Cândido da Agra. A apresentação da obra esteve a cargo de Laborinho Lúcio, Ministro da Justiça no XI e XII Governos Constitucionais e Juiz Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal de Justiça. A dada altura, Laborinho Lúcio lançou o repto: todos aqueles que ocuparam cargos políticos deviam ser chamados à Assembleia da República, não para falarem do que fizeram bem, que é o mais habitual, mas sim do que não fizeram ou fizeram mal. Por outras palavras, dizemos nós, para assumirem responsabilidades. Quem aceita este repto? E quando?
O que parece, no dia a dia, é que muitos dos titulares de cargos políticos os abraçam em proveito do bem pessoal e não do bem comum. Recuemos. Ainda na oposição, já na liderança de Pedro Passos Coelho, o Partido Social Democrata chamou Eduardo Catroga para participar nas negociações com a Troika. Recordo-me de ler um texto de um comentador, certamente distinto, onde justificava a escolha de Catroga como contraponto aos cabelos brancos do então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. Afinal o “senhor dos cabelos brancos” queria era tratar da “vidinha” dele. Tratou! Ganha atualmente mais de 45 mil euros por mês na EDP…
A propósito da EDP, um caso concreto de alguém que recebe pouco mais de 300 euros por mês e pagou uma fatura de 42 euros de eletricidade. À mesma EDP que paga 45 mil euros por mês a Eduardo Catroga. Rua com esta gente que gravita em torno dos partidos! Rua! Fora! Basta!
Morreu Rodney King, o norte-americano de 47 anos que, em 1991, esteve no centro dos tumultos de Los Angeles, depois de ter sido espancado pela polícia. O incidente foi filmado e divulgado, desencadeando uma onda de violência que levou à morte de 50 pessoas. Foi o próprio King que pôs fim ao “caos”, quando se dirigiu à comunidade e perguntou: “Não podemos dar-nos todos bem?”. Talvez um dia, por cá, constatando a violência que constituem a fome, a miséria e a pobreza, os ricos e poderosos olhem à sua volta e afirmem: podemos viver todos bem!
Há dias vimos o ministro Miguel Relvas a prestar declarações a um canal televisivo. Atrás, atento, estava Paulo Júlio, Secretário de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa. Paulo Júlio tem um percurso académico, tem um percurso profissional, tem obra feita e reconhecida como presidente da Câmara Municipal de Penela, tem um projeto. Sabemos que há uma hierarquia a ser respeitada e não duvidamos nem um pouco da lealdade com que Paulo Júlio desempenha as suas funções no Governo de Portugal. Mas não gostámos de o ver na retaguarda de um homem que, aparentemente, é mais um dos muitos oportunistas que grassam na política…
Assistimos, no Porto, ao lançamento do livro “Criminologia: um arquipélago interdisciplinar”, de autoria de Cândido da Agra. A apresentação da obra esteve a cargo de Laborinho Lúcio, Ministro da Justiça no XI e XII Governos Constitucionais e Juiz Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal de Justiça. A dada altura, Laborinho Lúcio lançou o repto: todos aqueles que ocuparam cargos políticos deviam ser chamados à Assembleia da República, não para falarem do que fizeram bem, que é o mais habitual, mas sim do que não fizeram ou fizeram mal. Por outras palavras, dizemos nós, para assumirem responsabilidades. Quem aceita este repto? E quando?
O que parece, no dia a dia, é que muitos dos titulares de cargos políticos os abraçam em proveito do bem pessoal e não do bem comum. Recuemos. Ainda na oposição, já na liderança de Pedro Passos Coelho, o Partido Social Democrata chamou Eduardo Catroga para participar nas negociações com a Troika. Recordo-me de ler um texto de um comentador, certamente distinto, onde justificava a escolha de Catroga como contraponto aos cabelos brancos do então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. Afinal o “senhor dos cabelos brancos” queria era tratar da “vidinha” dele. Tratou! Ganha atualmente mais de 45 mil euros por mês na EDP…
A propósito da EDP, um caso concreto de alguém que recebe pouco mais de 300 euros por mês e pagou uma fatura de 42 euros de eletricidade. À mesma EDP que paga 45 mil euros por mês a Eduardo Catroga. Rua com esta gente que gravita em torno dos partidos! Rua! Fora! Basta!
Morreu Rodney King, o norte-americano de 47 anos que, em 1991, esteve no centro dos tumultos de Los Angeles, depois de ter sido espancado pela polícia. O incidente foi filmado e divulgado, desencadeando uma onda de violência que levou à morte de 50 pessoas. Foi o próprio King que pôs fim ao “caos”, quando se dirigiu à comunidade e perguntou: “Não podemos dar-nos todos bem?”. Talvez um dia, por cá, constatando a violência que constituem a fome, a miséria e a pobreza, os ricos e poderosos olhem à sua volta e afirmem: podemos viver todos bem!
António José Ferreira
Suplemento
Rota das Aldeias
Bispo de Coimbra esteve em Penela
Vinho em destaque na IV VINALIA
FLOPEN lança alerta
Obras no quartel
Renato França em entrevista
Férias Desportivas
Peregrinação pela amizade
B(r)oa Cumieira
ETP Sicó encerrou ano letivo
Opinião!
No Região do Castelo desta semana leia artigos temáticos e de opinião assinados por Pedro Mendes, Palmira Pedro, Manuel Augusto Dias e Joana Dias.
A Nossa Gente
sábado, 7 de julho de 2012
Nota da Direção
Caros Leitores
A edição n.º 91 do jornal Região do Castelo, que deveria ter sido publicada na passada 5.ª feira, foi adiada para a próxima semana. Desse facto damos conhecimento aos nossos leitores, apresentando a todos as nossas desculpas, muito especialmente a Assinantes e Anunciantes.
Sem rodeios, fazemos questão de adiantar que o projeto vive alguma indefinição financeira, motivada pela escassez de apoios e inserções publicitárias, e sobretudo pela dificuldade em receber renovações de Assinaturas Anuais - neste momento estão vencidas cerca de 245 (duzentas e quarenta e cinco).
Convictos de que o Região do Castelo é um jornal querido dos Penelenses e importante para o concelho de Penela, não desistiremos de procurar as melhores soluções para a continuidade do projeto, esperando contar com os necessários e INDISPENSÁVEIS apoios.
Muito Obrigado!
Subscrever:
Mensagens (Atom)