Não faltavam temas para o editorial de hoje. Pela positiva a notícia de que o IC3, tão importante para Penela, vai ser finalmente realidade; ou a candidatura de dois locais emblemáticos do Concelho às “7 Maravilhas Naturais de Portugal”; ou ainda o lançamento do Site Rabaçal, que tão bem utiliza as novas tecnologias em prol da promoção da freguesia e do concelho. Pela negativa as graduais injustiças sociais, precisamente naquele que é o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social (a discussão sobre o aumento do “ordenado mínimo” é abjecta – compreende-se que, em tempo de crise, as empresas queiram manter os pés bem assentes na terra e não possam abrir os “cordões à bolsa” sem fazerem contas, mas a discussão de uns míseros euros para juntar ao vencimento de quem tão pouco recebe ao fim do mês deveria envergonhar aqueles que há anos estão no leme político deste País). Apesar da importância de todos estes temas, aos quais o Região do Castelo voltará nas próximas edições, detenhamo-nos hoje na I Gala Região do Castelo/Penela Center, um momento de extrema importância para o nosso projecto.
Antes, porém, recuemos no tempo.
Foi pela mão da minha mãe, Amélia, que ainda “miúdo” me enamorei por Penela, esta terra fantástica pela qual estou cada vez mais apaixonado. Às frequentes viagens de “camioneta”, entre Coimbra e Penela, seguiam-se intensas caminhadas, a pé, até ao Casal d’Além, por caminhos de outros tempos, bem distintos dos de hoje. Pelo meio retemperadoras paragens. Ora na Ponte do Espinhal, para o tão aguardado convívio com o Abílio, a Arminda, a Teresa, a Paula; depois no Infesto, em casa do Tio Manuel, onde eram/são “obrigatórias” duas ou três “pratadas” de sopa de feijão da Tia Maria, ainda hoje (felizmente) uma das sete maravilhas culinárias do Mundo; a seguir a subida até à Torre, onde éramos recebidos como da “casa” e onde sabia tão bem a simpatia e hospitalidade generalizadas, entre outros do Ti Manel Russo e da Dona Vitória, da Prima Luz, do Primo António e da Prima Amélia. Finalmente a chegada ao Casal, onde o cansaço da caminhada era real mas logo esquecido quando nos invadia aquele sorriso sofrido, mas tão lindo, da avó Maria Salvadora. É também lembrando-me da minha avó, que tanto sofreu as agruras de outros tempos, que gosto da Penela de hoje, mais moderna e desenvolvida, virada para o futuro. Há muito a fazer, dirão. Há e haverá sempre! Com a labuta de todos e, sobretudo, com o orgulho em ser Penelense!
Certamente que me permitem, e compreendem, estas referências a pessoas e lugares. Foi por estas saborosas memórias que nasceu o Região do Castelo, o NOSSO jornal.
A I Gala Região do Castelo/Penela Center, marcada para o próximo sábado, é um marco importante no projecto. Primeiro porque as dificuldades que teimam em persistir não fazem baixar os braços nem tolhem a capacidade de inovar e de trilhar outros caminhos, com novas iniciativas; depois porque a Gala tomou proporções importantes pela parceria estabelecida com o Penela Center (parcerias como esta, unindo esforços, fazem-nos crescer e ser maiores e melhores – o mesmo aconteceu com os Bombeiros Voluntários de Penela, sendo hoje publicado nas páginas 15 a 18 o primeiro de muitos suplementos); finalmente pelo carinho dos Penelenses para com o Região do Castelo, bem patente na adesão à iniciativa Prémios Região do Castelo 2009.
A todos o nosso OBRIGADO!
António José Ferreira
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